Nesta noite mística, meu S. João, em que elevo o meu pensamento ao Alto, peço?te, meu pastor de ovelhas, a tua protecção, a tua ajuda, a tua intercessão para que eu possa demonstrar a minha fé em ti.
Permite, Santo, que este(a) devoto(a) tenha o teu amparo quando pisar as brasas ardentes.
Que o fogo não me queime, assim como a iniquidade que havia ao tempo em que viveste hão queimou as virtudes que possuías; assim como a ovelha indefesa encontra guarida nos teus braços, quero também encontrar amparo na tua bondade; assim como a ovelha tímida e humilde tem a tua protecção, quero também que sejas o meu pastor.
Meu S. João, permite que nesta noite de mistério e poesia eu saiba distinguir ou escolher aquele(a) que será meu/minha companheiro/a.
Assim como arde a fogueira em teu louvor, que também a chama da paixão e do amor queime no coração do eleito/a, de quem eu gostarei e pretendo faze-lo/a feliz sob a tua protecção.
Noite fria. Fria também é a minha Vida; porém quando invoco o teu bendito nome, a minha fé é quente e percebo que a minha esperança também se aquece, porque sei que nunca desamparaste uma ovelha tua meu S. João, quando fito a fogueira em teu louvor, a minha súplica é a de que os males que me afligem se tornem cinzas como a sua lenha; que esta prece suba ao céu como a sua fumaça.
Que o sofrimento que me fustiga se queime nas suas labaredas.
Que ao apagar?se também se extinga o ódio, o ciúme, a inveja, a perseguição, enfim a maldade de meus adversários e que no próximo ano, eu acenda outra fogueira em agradecimento a ti, pela graça que alcançarei ainda neste dia.
Nota:
Esta prece, recitada na véspera do dia de S. João, no momento do acto, possibilita ao devoto(a) fervoroso(a) pisar sobre as brasa de uma fogueira, à meia?noite, sem se queimar. Aos que não tenham fé segura, é de bom senso que não tentem, sob risco de sofrerem graves queimaduras. Permite também escolher o companheiro em qualquer processo de adivinhação que se faça.