Bolsinha de Santo António

Conhecido também por Agulheiro de Santo António
Função: Proteção e devoção.
Material: Bolsa em plástico, miniatura de Santo António em prata velha (zamac)
Dimensão Bolsa: 4 cm. altura X 2,5 cm. largura.

Disponibilidade: Em stock REF: ST3519

0.60

Descrição

Conta a lenda que Santo António foi um dia pregar à cidade de Limoges, em França. Dizia-se que os seus sermões eram ouvidos por mais de 30 mil pessoas de cada vez e que, por isso, era obrigado a pregar ao ar livre. Estavam todos em silêncio a ouvir o Santo quando desabou uma grande tempestade sobre a multidão, que ficou atemorizada pela violência dos raios e dos trovões. Santo António, porém, aconselhou os ouvintes a ficar, assegurando-lhes que, com a ajuda de Deus, nem uma gota de chuva os atingiria. O local onde estavam os ouvintes ficou enxuto, enquanto, à volta, ficou completamente encharcado.

Uma outra vez, em Rimini, perante hereges cátaros que se tinham reunido para evitar a evangelização, houve um sermão que ficou célebre. Defrontado com a indiferença da população, Santo António dirigiu-se aos peixes do mar que surgiram, aos milhares e, muito organizados, emergiram as suas pequenas cabeças para ouvir a palavra de Deus. Homens e mulheres acorreram para ver esta maravilha, tendo muitos deles acabado convertidos.

A imagem de Santo António é, como se sabe, representada com o Menino Jesus ao colo pela grande cumplicidade e companheirismo entre os dois. Conta a lenda que, em Mação, ia o Santo buscar lenha do outro lado do Tejo, a pedido de sua mãe, quando verificou, na volta, que barco e barqueiro tinham desaparecido. Preocupado por saber que a mãe o esperava do outro lado, Santo António pediu ajuda ao Menino que lhe apareceu. Este disse-lhe que atirasse o feixe de lenha ao rio que Ele o conduziria para a outra margem. Diz a lenda que Santo António apareceu do outro lado do rio com o Menino ao colo.

Uma outra vez, em Pádua, Santo António hospedou-se em casa de um homem rico que o surpreendeu a conversar com o Menino Jesus e que só foi autorizado a revelar o que tinha visto depois da morte do Santo.

Ainda em Pádua, veio, um dia, um homem chamado Leonardo confessar-lhe um grande pecado: Leonardo tinha dado um pontapé a sua mãe. Santo António comentou que uma pessoa que comete tal ofensa deveria ter o pé cortado. Não percebendo as palavras do Santo e levando-as à letra, Leonardo cortou o pé com a sua espada. A mãe deste correu indignada ao convento, queixando-se do frade que quase lhe tinha morto o filho. Santo António desculpou-se e explicou que não era aquela a sua intenção e acompanhou-a a casa de Leonardo onde, depois de rezar a Deus, lhe juntou o pé à perna com tanta fé que estes se soldaram por milagre.

Um dos muitos milagres de Santo António passou-se com o seu próprio pai quando este foi injustamente condenado à forca por assassínio, em Lisboa. Por milagre de Santo António, o homem que tinha sido morto voltou a viver para jurar a inocência do condenado.

Santo António é muito estimado pelo povo português que lhe dedicou muitas poesias populares, quer orais, quer escritas, para além do grande culto que lhe é prestado. É considerado o Santo casamenteiro e no dia em que se celebra o seu culto, a 13 de junho, em Lisboa, realizam-se casamentos em conjunto, na cerimónia tradicionalmente chamada “Noivas de Santo António”.

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